Justo quando eu começava a mudar meus conceitos sobre o único anão que é técnico da seleção, o Brasil passou esse sufoco hoje, pela Copa das Confederações. As (boas) vitórias contra Uruguai e Paraguai maquearam um pouco os defeitos do time da CBF, mais evidentes no jogo de hoje, talvez porque dessa vez tomamos 3 gols.
Não vou questionar aqui a qualidade do Egito, que até me surpreendeu. O Abu Taryka, figurinha carimbada nos últimos Mundiais de Clubes, é bom jogador e forma um belo trio com o Zidan (sem E) e com outro que não me recordo o nome. Mas eles não justificam a desorganizção e os erros de passe. Fuso horário e cansaço também não é desculpa. Aliás, como podem ter a cara de pau de falar em fuso horário se 17 dos 23 convocados jogam exatamente no mesmo fuso que o sul-africano? Ok, viajaram do Brasil, mas foram jogar na África do Sul, não na China.
Jogar eliminatórias sul-americanas, onde as seleções tem qualidade, mas cadenciam o jogo, é diferente de uma competição internacional onde há times muito ruins, mas que correm muito o tempo todo, assim como os muito bons (casos de Espanha e do contra-ataque italiano). Em suma: Gilberto Silva, que não acertou passe de 2 metros hoje e não consegue correr atrás dos atacantes, não pode ser o volante da seleção. O Dunga tem o Josué ali como excelente opção (comeu a bola no campeonato alemão), e o Ramires, que dá mais qualidade na saída de bola.
A convocação foi boa, resta saber usar as opções. Quem não estiver bem deve dar lugar a outro, que também tem qualidade. Ao meu ver, o time pode melhorar um pouco com essas mudanças e quando o Robinho resolver jogar bola de novo. No mais, vamos dependendo de Julio César, Kaká e Luis Fabiano.